Foto: Vítor Silva / Botafogo
Após derrota para o Fluminense por 2×1, pelo Campeonato Carioca, o Botafogo demitiu o técnico, Enderson Moreira. A decisão demarcava um time que precisava urgentemente de uma guinada para se tornar competitivo. Contudo, após os imbróglios envolvendo a contratação de Luís Castro, o auxiliar técnico Lúcio Flávio assumiu o comandando do alvinegro. Por sua vez, nos quatro jogos à frente do Fogão, o ex-jogador teve um aproveitamento desastroso, o que fez a torcida botafoguense questionar se a demissão de Enderson era necessária naquele momento.
Pelo estadual, Enderson Moreira comandou o Botafogo por cinco rodadas, das quais perdeu uma partida, venceu três e empatou outra. Desta forma, com o aproveitamento de 83,33%, o ex-treinador deixou um saldo de dez gols marcados e cinco sofridos. Ademais, teve 50% de qualificação em clássicos ao ganhar do Vasco por 1×0 e perder para o Fluminense por 2×1.
Em contrapartida, sob o comando de Lúcio Flávio, o Botafogo não teve a mesma dinâmica. Dos quatro jogos disputados até o momento pelo Cariocão, o interino teve 50% de rendimento (duas vitórias e duas derrotas). Além disso, foram marcados sete gols e desastrosamente sofridos nove gols. No último domingo (27), o Glorioso mostrou apatia ao desperdiçar a chance de garantir a classificação para a semifinal do estadual. Sobretudo, o alvinegro perdeu de goelada para a Portuguesa, por 5×3.
TRAJETÓRIA DE ENDERSON
Sob o comando do Botafogo desde julho de 2021, Enderson foi o maior responsável por levar a equipe de volta à elite do futebol brasileiro. Como consequência de seu empenho na maior recuperação histórica da Série B, com 73% de aproveitamento, o treinador garantiu o título da competição ao clube carioca. Ademais, nos 31 jogos em que esteve orientando o plantel alvinegro, o técnico conquistou 20 vitórias, sete empates e apenas quatro derrotas.
A princípio, a saída de Enderson Moreira do Botafogo tem interferência de John Textor. O americano, que é dono da empresa compradora das ações da SAF do Glorioso, informou a necessidade de modificar o plantel. Na ocasião, o investidor afirmou que contrataria um técnico de rodagem europeia. Posteriormente, o nome sondado para ocupar o cargo foi o de Luís Castro, do Al Duhail, do Catar. Contudo, divergências com o clube catariano impossibilitaram o português de assumir o Botafogo imediatamente.