Na tarde desta segunda-feira, o futebol brasileiro perdeu mais um grande personagem. Internado no Hospital Albert Einstein desde a semana retrasada, o técnico Vadão não resistiu. Ele lutava contra um câncer de fígado desde o início do ano.
Desde que descobriu a doença, o treinador começou a fazer sessões de quimio e radioterapia, chegando até a apresentar evoluções. No entanto, com o agravamento do quadro clínico, não conseguiu se recuperar. Aos 63 anos, Vadão deixa sua esposa, Ana Alvarez, e dois filhos, Adriano e Carolina.
CARREIRA
Oswaldo Alvarez, conhecido como Vadão, iniciou sua carreira como treinador no Mogi Mirim, em 1992. Após ganhar notoriedade, comandou o Guarani, onde acumulou várias passagens. No Bugre, são 204 jogos somando as suas cinco passagens, sendo o terceiro técnico que mais esteve à frente do clube em toda sua história.
Além do Mogi e do Alviverde, foi treinador do Araçatuba, XV de Piracicaba, Matonense, Athletico-PR, Corinthians, São Paulo, Ponte Preta, Bahia, Tokyo Verdy, Vitória, Goiás, São Caetano, Portuguesa, Sport e Criciúma.
No ano de 2001, Vadão foi o responsável pelo surgimento de um dos maiores jogadores da história do nosso futebol. Na conquista do Torneio Rio-São Paulo, comandando o Tricolor Paulista, lançou o meio-campista Kaká, ídolo da torcida São-paulina.
Além dos vários clubes onde passou, também tem passagens pela seleção brasileira feminina. Em 2014, recebeu o convite da CBF para assumir o posto de treinador. Na primeira passagem, conquistou a Copa América de 2014, o Torneio Internacional de Futebol Feminino de 2014, o Campeonato Internacional de Futebol Feminino de 2015 e os Jogos Pan-Americanos de 2015.
Na segunda passagem, também conquistou títulos. Além do Torneio Internacional de Futebol Feminino de 2017, foi campeão da Copa América, no ano de 2018. Na Copa do Mundo de 2019, acabou sendo eliminado pela França, nas oitavas de final da competição, sendo este seu último trabalho como treinador de futebol.
