A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) criou um protocolo para avaliar de forma ordenada a volta do futebol carioca. Intituladas de “Jogo seguro”, as ideias foram formuladas a partir de reunião com representantes do departamento médico das 12 equipes que disputam o Campeonato Estadual de 2020. Texto final será apresentado nesta quarta-feira, 15.
Durante reunião por videoconferência realizada nessa segunda-feira, 13, foram debatidos diversos pontos para estipular uma possível volta das partidas – interrompidas devido à pandemia provocada pela Covid-19.
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Conforme nota divulgada pela Ferj, entre as questões discutidas estão: “Critérios de inclusão no grupo estabelecido para as atividades, sendo um número necessário; deslocamento do atleta; uniformes e acessórios; formação de corredor de segurança no local de treino; desinfecção e descontaminação; uso de sanitários; cuidados individuais; proibição de abertura de outros locais, como restaurante, cozinha…”
“A confecção desse protocolo Jogo Seguro é uma diretriz responsável e planejada para o retorno. É um trabalho pioneiro no Brasil. E criaremos uma Comissão Temporária na Ferj para a Covid-19 para acompanhamento e consultorias para os diversos casos (clubes)”, disse o presidente da federação, Rubens Lopes.
A Ferj frisa que o possível retorno também vai depender das recomendações das autoridades de saúde pública estaduais e federais. Neste momento, no entanto, a entidade trabalha para obter o apoio dos clubes para terminar o Campeonato Carioca, pelo menos, com os portões fechados. Seguindo os protocolos médicos, a intenção seria a de finalizar a competição no fim de maio.
Presidente do Sindicato dos Jogadores no Rio, Alfredo Sampaio declarou compreender a projeção da federação e dos clubes, os quais não deveriam retomar as atividades sem os padrões mínimos de segurança.
“Vou consultar todos atletas. Em momento algum vou assinar nenhum documento que não esteja de acordo com o desejo dos atletas. Se as autoridades atestarem que há segurança mínima, talvez possa acontecer de jogar com portões fechados. Mas isso só mediante autorização dos jogadores”, evidenciou.
Protocolo “Jogo seguro”
Para a elaboração do protocolo “Jogo seguro” também participaram da reunião representantes do América e do Friburguense e o professor de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina da UFRJ, Celso Ramos Filho. Junto com Celso, Christiano Cinelli (Botafogo), Eduardo Moraes (Boavista), Márcio Tannure (Flamengo) e Marcos Teixeira (Vasco) foram escolhidos para finalizar o texto do documento, que deve ser apresentado nesta quarta.