Presentes na vida de milhões de apaixonados, os campeonatos de futebol saíram das TVs e rádios, sem previsão alguma para voltar. Com a pandemia provocada pela Covid-19, o esporte em todo o mundo foi diretamente afetado (e parado). Mesmo diante desse cenário, federações estudam como e quando podem voltar com seus torneios, mas exemplo chinês indica ainda muitas dificuldades.
No Brasil, a suspensão de todas as competições de âmbito nacional aconteceu em 15 de março. Observando a situação do País, que hoje já acumula quase 8 mil casos confirmados e 299 mortes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até o momento sequer estipula datas para um sonhado retorno.
Por outro lado, a entidade deixou em aberto para que cada federação estadual decidisse sobre o prosseguimento e futuro de seus respectivos torneios. Mas com o avanço rápido do vírus pelo território brasileiro, os estaduais seguem suspensos por tempo indeterminado e discussões sobre seu encerramento prévio já começam a ser tema de pautas de reuniões entre dirigentes.
Enquanto isso, a maior competição do continente, a Libertadores da América, mantém sua suspensão até o 5 de maio – data que deve ser prorrogada. De acordo com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, a competição deve voltar quando a situação nos países fique mais controlada, mas que uma solução possível seria jogar em estádios sem torcedores.
Itália e Espanha querem voltar
Responsáveis por gerar maior preocupação entre autoridades de saúde pública e sanitária na Europa, Itália e Espanha projetam o retorno breve de suas competições. Pelo menos é isso que suas respectivas federações nacionais analisam.
Contabilizando mais de 110 mil pessoas infectadas e 13 mil mortes pelo novo coronavírus, a Itália pode ter seu retorno no próximo 20 de maio. O desejo é da Federação Italiana de Futebol, presidida por Gabriele Gravina. “É uma emergência única, que afetou todos os setores. Mas assim que for superada, devemos avançar e o futebol está pensando em como retomar a competição”, anuncia.
Com situação igualmente preocupante, a Espanha é outro país com números alarmantes provocados pelo novo coronavírus. Também com mais de 110 mil casos confirmados e 10 mil óbitos, o país se planeja para a volta de suas competições. Por lá, porém, não se estipulam datas mas estratégias para o retorno das atividades nos clubes.
De acordo com o espanhol “El País”, os clubes da “La Liga” teriam recebido cartilha de protocolos orientando como as equipes podem se preparar mesmo durante a quarentena. Entre as atividades sugeridas está o monitoramento dos treinamentos individuais de cada atleta, o que poderá evoluir para treinamentos com até oito jogadores. Desinfecções constantes de equipamentos e manutenção de número mínimo de funcionários também estão entre essas indicações.
Futebol chinês deve demorar
O surto provocado pela Covid-19 se iniciou na China e logo ultrapassou fronteiras, atingindo quase todos os países do mundo. Primeiro a sofrer, o povo chinês também está sendo um dos primeiros a conseguir achar respostas para voltar à normalidade da vida. No entanto, o que parecia ser um vislumbre do fim deste momento tornou-se novo motivo de apreensão.
Após a suspensão do calendário do futebol chinês em fevereiro, muitos jogadores que por lá atuavam retornaram para seus países de origem. Mas na semana passada, quando tudo apontava para a superação do contágio, novas infecções surgiram na China – desta vez importadas de outros locais do mundo.
Jogadores infectados e restrições severas anunciadas pelo governo Chinês, como isolamento parcial das fronteiras, reduções bruscas de voos internacionais e proibição de entrada de estrangeiros, sugerem para que o desejo de novamente ver estádios cheios e jogadores atuando continue sem previsão para acontecer.