Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Apesar da pouca idade, Endrick foi um dos nomes mais comentados ao longo de 2022. Com apenas 15 anos, o garoto fez história na categoria de base, subiu para o time principal no segundo semestre, marcou gols e se tornou o mais jovem a conquistar um título pelo profissional do Palmeiras.
Destaque na Copinha com apenas 15 anos (onde enfrentou jogadores de até 21) sendo eleito craque do torneio, além de ter recebido o prêmio de gol mais bonito, com direito a gol na final e título, Endrick foi um “fenômeno” em 2022.
Embora Abel Ferreira tenha pedido paciência com o grande destaque do jovem atacante na base, falando para o mesmo viajar para a Disney porque ainda era “uma criança”, até mesmo o português se rendeu ao potencial da joia palmeirense.
Endrick ainda permaneceu disputando jogos pelo Sub-20, onde até marcou gol de titulo do Brasileiro da categoria contra o rival Corinthians em plena Neo Química Arena, e Sub-17, marcando gols nas finais da Copa do Brasil contra o Vasco. No entanto, passou a receber minutos no profissional na reta final da temporada.
A estreia veio na goleada contra o Coritiba por 4 a 0, na 30ª rodada do Brasileiro. Na ocasião, atuou por pouco mais de 20 minutos da etapa final. Na sequência, voltou a receber minutos contra São Paulo e Avaí, até o grande jogo diante do Athletico-PR.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras
O Palmeiras perdia por 1 a 0 na Arena da Baixada, até que Abel Ferreira acionou Endrick no intervalo. Após 15 minutos, Endrick marcou o seu primeiro gol como profissional. E ainda deu tempo de marcar o gol da virada, fazendo a diferença em um jogo importante para se aproximar do titulo.
E desde então Endrick não saiu mais do time. No jogo seguinte, por exemplo, marcou gol contra o Fortaleza, no jogo em que o Verdão ergueu a taça. E em 2023 foi mantido entre o time ideal para Abel Ferreira.
No entanto, o começo de uma temporada com o profissional não tem sido conforme esperado, não só por ele, Endrick, mas também com quem tinha uma grande expectativa pelo seu grande potencial. Após 11 jogos, sendo nove como titular e dois saindo do banco, o centroavante alviverde não conseguiu marcar gol em nenhuma oportunidade. Com isso, foi de titular a reserva não utilizado.
Dois dos principais jogos da temporada, contra Flamengo e Corinthians, Endrick chamou atenção e teve um bom desempenho. No entanto, Abel Ferreira optou por deixá-lo no banco contra o Guarani, na última rodada da fase de grupos do Paulista, colocando Giovani entre os titulares. O camisa 16, contudo, foi acionado na segunda etapa, mas não conseguiu ajudar o Verdão no jogo que terminou empatado sem gols.
Foto: Cesar Greco/Palmeiras
Por fim, já diante do São Bernardo, pelas quartas de final do estadual, o Abel optou por colocar Bruno Tabata no time titular, sendo uma grande surpresa – era esperado Endrick ou Giovani entre os 11. E a promessa alviverde sequer foi a campo.
Na coletiva, depois da classificação por 1 a 0 com gol de Rony, Abel explicou que optou por colocar Rafael Navarro (que tinha sido reserva nos últimos sete jogos) no segundo tempo por ser mais alto, visando a bola aérea do adversário na reta final do jogo.
E pela boa atuação de Tabata contra o São Bernardo, eleito o melhor em campo pelos palmeirenses, a tendência é que o meia-atacante tenha sequência entre os 11, com Endrick sendo opção para o segundo tempo, para o compromisso deste domingo diante do Ituano, pela semifinal do Paulista, no Allianz Parque.
O início do ano de 2023, portanto, está longe do que o próprio Endrick, vendido ao Real Madrid por quase 400 milhões de reais, esperava. Agora, resta o garoto, mais uma vez, conquistar e provar ao técnico Abel Ferreira que merece espaço na equipe titular.
Como jogador profissional, com apenas 16 anos, Endrick soma 19 jogos com a camisa do Palmeiras, onde marcou três gols. São 12 sem marcar na atual temporada, 14 contando os últimos dois jogos que realizou em 2022.
Deixado de lado dos holofotes nas últimas semanas, Endrick segue “insatisfeito” pela ausência de gols, mas tem trabalhado para reconquistar o seu espaço e “se provar” para quem ainda desconfia do seu potencial. Quem sabe a Cria da Academia não seja iluminada com gols decisivos na reta final do Paulista, não é mesmo? São nesses momentos em que os “grandes” jogadores aparecem.
