Nesta última terça-feira, 13, os jogadores receberam a notícia através de um e-mail que teriam seus salários cortados em 70%. O elenco recebeu os valores referentes a abril, assim como será em maio, junho e julho. A relação dos jogadores com o presidente já não é uma das melhores e isso se torna um motivo ainda maior para a revolta dos atletas com José Carlos Peres.
Essa redução, assim como em outros clubes do campeonato brasileiro, estava prevista desde o início da pandemia do COVID-19, que acarretou na paralisação geral do futebol e na geração de receitas dos clubes. Os jogadores do Peixe já se mostravam a favor da redução salarial, para não acarretar na demissão de funcionários que recebem menos, mas eles não imaginavam que seria um corte tão grande.
No mês passado, a diretoria do peixe e jogadores iniciaram a discussão para chegarem a um denominador comum em relação ao corte de salários. O clube ofereceu 50% inicialmente, o elenco recusou e fez uma contraproposta de 30%, e não houve retorno de resposta por parte dos dirigentes santistas. Os atletas entenderam que a porcentagem havia sido aceita.
O tempo passou e nada foi confirmado, até que duas semanas atrás, os jogadores foram avisados que o corte não seria mais de 30%, e sim de 70%. A diretoria alega que aguardaram o quanto pode até uma resposta do elenco, que segundo os dirigentes ouvidos pelo Globoesporte.com, não aconteceu.
Confira o e-mail na íntegra:
A maneira como a redução salarial foi conduzida e decidida não agradou o elenco do Santos, que ainda não tinha certeza sobre o acordo. Em contrapartida, o clube está “protegendo” seus funcionários de uma possível demissão. Mas está, a cada dia que passa, transformando a relação entre jogadores e diretoria insuportável.