Foto: Vítor Silva / BFR
É notório que todo torcedor que ame seu clube deseja a evolução contínua do time. Contudo, os botafoguenses estão criando expetativas depois do aval da compra da SAF pelo americano John Textor. Em síntese, o empresário afirmou que tornará o Botafogo um time reconhecido no cenário mundial do futebol e que trará grandes reforços para o plantel. Apesar dos desejos, apenas sondagens foram feitas, mas nenhuma proposta oficial foi concretizada. Dentre alguns dos interesses estão: Edinson Cavani, do Manchester United, Luís Castro, técnico português, Douglas, do PAOK, Gilberto, do Benfica e Eran Zahavi, do PSV. Mas por qual motivo não passam de sondagens?
A pergunta talvez não seja tão simples de responder e para isso, é necessário voltar no tempo. A princípio, antes mesmo de ser rebaixado para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro, o Botafogo já mostrava estar atolado em dívidas e com a perda de alguns patrocínios e direitos de transmissões, piorou a situação do clube. Contudo, após triunfo na Série B 2021, o Glorioso mostrava que o futuro poderia ser diferente e vem sendo. Com o retorno à elite do futebol brasileiro somado à compra de 90% da SAF por R$ 400 milhões, o Alvinegro vislumbra uma temporada de grandes conquistas.
A princípio, a necessidade emergente de se obter reforços foi deixada de lado ao passo que Enderson Moreira, ex-treinador do Botafogo, foi demitido. Em suma, vem dada como certa a contratação de Luís Castros, que está sob o comando do Al-Duhail, do Catar. John Textor afirmou seu compromisso em começar a modificar a equipe por um treinado de rodagem europeia. Posteriormente, o foco será nas contratações de desejo do técnico.
APENAS SONDAGENS
Enquanto Luís Castro não assina o contrato, os dirigentes do Fogão foram ao mercado da bola tentar contratar alguns jogadores. O último a ser cotado foi o atacante israelense Eran Zahavi, do PSV. Anteriormente, Textor afirmou que entrou em contato também com o centroavante Edinson Cavani, do Manchester United. Contudo, nenhuma oferta foi feita de forma oficial.
Douglas, do PAOK e Gilberto do Benfica também foram contatados para ingressar no plantel do Botafogo nessa temporada. Porém, mais uma vez faltou colocar uma proposta à mesa. Com o início do Brasileirão e Copa do Brasil se aproximando, os dirigentes do Glorioso precisam correr contra o tempo se desejarem formar um time competitivo. Além disso, apesar do bom rendimento no Campeonato Carioca, o Fogão, caso permaneça sem reforços, vai precisar melhorar e muito para conseguir conquistar vagas em outras competições.
O QUE FALTA?
Sobretudo, vestir o manto do Botafogo não é para qualquer um e para fazer isso é necessário respeitar a trajetória do clube. Consagrado como o time que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira, com 47 atletas para 16 edições de mundiais, o escudo da estrela solitária tem muita tradição. Entretanto, a má gestão de dirigentes passados fizesse com o que o Botafogo fosse visto como coadjuvante das competições brasileiras. Assim, a passos lentos, tentam reconstruir a história gloriosa que o alvinegro carioca um dia já teve.
Em síntese, as negociações não foram adiante por John Textor desejar criar um estilo de jogo próprio do Botafogo. O investidor deseja dinamizar as categorias de base e aproximar o plantel profissional da garotada. Com isso, a contratação de nomes de peso fortalecerá o desenvolvimento dos jogadores a nível europeu, como é almejado pelo americano. Enquanto esse projeto não é colocado em prática, as sondagens estão sendo feitas sem pressa para que não haja erros e os jogadores contratados não deixem a desejar. A torcida precisa ser paciente e acreditar que uma nova história de glória será construída.
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