Foto: Divulgação/ACG
O presidente Adson Batista falou pela primeira vez após a saída do técnico Jorginho, que pediu demissão no último sábado. O mandatário confirmou o que estava sendo dito sobre um possível motivo para a saída do treinador: insatisfação com as críticas do presidente após os jogos.
Jorginho chegou a propor que houvesse uma mudança de postura, caso contrário, pediria demissão, o que veio a fazer mais tarde. Dessa forma, em reunião, Adson afirmou que manteria sua postura, uma vez que essa é sua “essência”.
“Estou no futebol há mais de 30 anos, desde que comecei a jogar. Estou aprendendo todo dia, mas sou uma pessoa respeitada no futebol brasileiro. Posso reavaliar todo dia os meus conceitos, não estou batendo no peito falando que sou o melhor do mundo, mas não vou me moldar por um profissional achar ruim o fato de eu me posicionar. Fui muito claro. Senti que o Jorginho veio para a reunião com a intenção até de ficar, mas eu não iria recuar. Não posso mudar minha forma de ser e agir. Sou sempre verdadeiro com o torcedor e com a imprensa. Até uso a imprensa em alguns momentos para me ajudar, para cobrar, mas pensando no bem o Atlético-GO. A entidade é maior do que todos. Vou conduzir sempre de forma franca e honesta. Não vou ficar aqui como um robô. Vou falar o que penso e o que acho”, reforçou.
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Ainda sem um novo técnico, o Atlético-GO se prepara para o próximo jogo nessa quarta-feira, confronto decisivo pela Sul-Americana, contra o Libertad, do Paraguai. O Dragão será comandado pelos auxiliares da comissão técnica permanente, Eduardo Souza e João Paulo Sanches.
“Buscaremos dar continuidade ao trabalho. Nossa forma de conduzir é reconhecida e não vamos mudar nossa essência. Quem escolheu essa profissão, tem que entender e está ganhando para isso. É muito mimimi. Não vou me moldar pelo pensamento de um profissional. O Atlético-GO não vai murchar. O Jorginho saiu daqui com um bom relacionamento, mas o mais importante é o Atlético-GO continuar como é. Futebol é passional e energético. É natural que todos sejam torcedor em algum momento”, completou.
Coincidentemente, o técnico Vagner Mancini foi demitido no último domingo pelo Corinthians. O treinador teve uma boa passagem pelo Atlético, antes de assumir o Timão, e Adson Batita deixou as portas abertas, mas afirmou que não há negociação no momento.
“Mancini fez um grande trabalho aqui e é um nome a ser lembrado, mas ainda não tem negociação. É evidente que ele está em um patamar financeiro diferente agora, mas vejo que o Atlético-GO é um clube muito interessante para um técnico com o perfil dele. Tem um grande caráter e saiu pela porta da frente”, finalizou.