Athletico-PR perde dois jogos em dois dias; calendário do futebol brasileiro atrapalha evolução e clubes são coniventes

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Foto: Divulgação/Athletico

O calendário no futebol brasileiro é cada vez mais um problema para os clubes que disputam duas ou três competições ao mesmo tempo. E com as paralisações dos campeonatos estaduais em 2020 e 2021, devido a pandemia da Covid-19, atrapalha ainda mais o planejamento das equipes. Nessa semana, o Athletico-PR, por exemplo, teve dois compromissos em dois dias e teve a infelicidade de perder ambos.

Mas disputar dois jogos em dois dias não em nenhuma novidade para alguns clubes no Brasil, entretanto, poucos sabem disso. O Ceará, por exemplo, teve dois compromissos no último fim de semana: a primeira final da Copa do Nordeste, no sábado, em Salvador, fora de casa, e enfrentou o Pacajus, no domingo, em jogo válido pelo Campeonato Cearense, ainda pela 2ª rodada, justamente por conta de uma paralisação no campeonato local.

Obviamente o Vozão entrou em campo com dois times diferentes. Exatamente o que faz o Bahia nos últimos anos, priorizando a Copa do Nordeste, e colocando jogadores mais jovens no estadual, o qual tem menor relevância na temporada. Não diferente, o Athletico Paranaense optou em disputar o campeonato local com um time de Aspirantes nos últimos anos. E tem dado certo. A equipe faturou a competição de forma consecutiva nos últimos três anos. 

Nessa temporada, no entanto, não tem dado muito certo a utilização da equipe ainda em lapidação no Campeonato Paranaense. Em sete jogos, o Furacão conquistou nove pontos. Na última segunda-feira, o time foi superado pelo Azuriz, por 1 a 0, fora de casa. Na noite dessa última terça-feira, o Athletico perdeu para o Melgar, em jogo válido pela Copa Sul-Americana, com o time principal. 

Foto: Stephan Eilert/Ceará

Os paulistas que estão na Série A: Palmeiras, São Paulo, Corinthians, Santos e Red Bull Bragantino tem tido uma sequência, neste último mês, de jogos a cada dois dias por conta do Paulistão e também por estarem disputando Libertadores e, nos casos do Timão e Massa Bruta, a Sul-Americana.

O Verdão, aliás, está mais acostumado com essa maratona. Ao conquistar o título da Libertadores teve de viajar na mesma semana para o Catar, onde disputou o Mundial, e depois disso sofreu com jogos atrasados do Campeonato Brasileiro, além das finais da Copa do Brasil e o início do Campeonato Paulista. Sem ao menos concluir a temporada de 2020, iniciou a de 2021.

Santos e Palmeiras foram a campo nessa terça-feira, pela Libertadores, e se enfrentam na próxima quinta-feira, pelo Campeonato Paulista. Uma derrota pode resultar na eliminação de uma das equipes na primeira fase do estadual. Uma mistura de vexame com alívio por ter mais tempo para trabalhar.


Isso tem sido cada vez mais comum no futebol brasileiro, onde os clubes são condizentes com a situação, mas que volta e meia vão a mídia reclamar do calendário apertado, alegando como desculpa para os resultados negativos. De fato, isso interfere e muito no desempenho dos atletas, que muitas vezes vão para o sacrifício ou que em outras oportunidades, como foi com Ceará e Athletico nessa semana: logísticas completamente diferentes e jogos com milhares de quilômetros de distância um do outro em questão de 24 horas ou até menos.

Consequentemente, tudo isso atrapalha a evolução não só dos clubes que passam por essas situações, como ao mesmo tempo, pode beneficiar outros, que tem um calendário mais tranquilo. Isso acontece já há alguns anos, mas os clubes que seguem sendo, de certa forma, coniventes e ao mesmo tempo ‘reféns’ das federações estaduais. Mas final, vale a pena todo o sacrifício e o investimento?

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