Após diversos pênaltis desperdiçados, quando os jogadores de Flamengo e Atlético Mineiro tiveram de cobrar pela 2ª vez valendo o título da Supercopa do Brasil, Hulk optou em ser já de cara o primeiro do lado atleticano. Gabigol, cobrador oficial do rubro-negro, optou em deixar Vitinho, com uma ideia muito clara: ser o responsável por bater o eventual pênalti do título.
OBS: Não é nenhuma surpresa. Afinal, o camisa 9, por exemplo, costuma ser o quinto cobrador em disputas de pênaltis. Foi assim contra o Palmeiras, até então na última edição da Supercopa, e justamente na primeira parte das cobranças contra o Atlético Mineiro…
Mas muitos não conseguiram interpretar dessa forma, principalmente os jornalistas, o que gerou uma certa “polêmica”. O detalhe é que boa parte dos profissionais, por exemplo, nunca jogaram futebol ou não chegaram ao ponto de uma disputa de pênaltis semelhante, valendo uma classificação ou título. E aí que está um grande ponto.
Hulk chamou a responsabilidade e cobrou seu pênalti, pela segunda vez, sendo o primeiro cobrador. De qualquer forma, ele não poderia marcar o gol do título, de fato, porque o Atlético Mineiro sempre iniciava as alternativas.
E o que Gabigol pensou? Devido a sequência de pênaltis desperdiçados pelo lado atleticano (Guga, Everson, Mariano e Godín), acreditou na possibilidade do cenário se repetir, com Hugo defendendo pênalti ou o adversário finalizando para fora. Sendo assim, tinha a ideia de fazer diferente de Arão, Matheuzinho, Fabrício Bruno e Hugo Souza, que desperdiçaram as grandes oportunidades de confirmar o tricampeonato do torneio ao Flamengo.
Outro ponto: Gabigol não se omitiu em cobrar o pênalti. Pelo contrário, ele quis assumir a responsabilidade de cobrar o pênalti decisivo, que estava sendo o grande problema do time rubro-negro ao longo das disputas. Mas o que ele pensou, não veio a acontecer de fato. E faz parte do futebol.
Sobre outros citarem que o camisa 9 do Flamengo é ou foi “pipoqueiro” não precisa nem levantar discussão, não é mesmo? Gabigol simplesmente igualou um número inédito, conquistado somente por Zico, em toda a história do clube: com sete gols em finais.
Vamos lembrar? foram duas finais de Libertadores e três gols marcados, duas contra o River Plate, que resultaram no segundo título da Glória Eterna do clube carioca, e o de empate contra o Palmeiras, levando a decisão para a prorrogação. E nas últimas três Supercopas ele marcou gol em todas as partidas, contra Athletico-PR, Palmeiras e Atlético Mineiro, além do gol na Recopa Sul-Americana, contra o Independiente Del Valle.
A reação do Flamengo contra o Atlético Mineiro começou no gol marcado por Gabigol, ele converteu sua cobrança de pênalti na disputa decisiva e quis voltar a cobrar quando fosse o pênalti decisivo, para marcar o gol do título. Isso está longe de ser “pipoqueiro”.