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Um mês e quatro após ter renovado contrato com o Sport, o técnico Jair Ventura terminou sendo demitido pelo clube após mais uma goleada sofrida ainda no início da temporada e a segunda eliminação da equipe nesse período. Isso serve de alerta para os demais treinadores. A demissão de técnicos pode aumentar com o limite de trocas durante o Campeonato Brasileiro.
Já há algum tempo, os estaduais, que para muitos já não tem a mesma relevância de décadas atrás, tem sido parâmetro para avaliar o desempenho das equipes sob o comando dos técnicos no início de temporada e, a partir daí, já passa a gerar dúvida quanto ao trabalho do profissional em questão.
Após 27 demissões durante a última edição do Campeonato Brasileiro em 2020, a CBF informou que haverá limites para as trocas de técnicos dentro da competição em 2021: cada time só poderá ter dois treinadores ao longo do torneio, ao mesmo tempo, cada técnico poderá treinar apenas dois times diferentes, algo que não existia nos últimos anos.
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Dessa forma, qualquer equipe tem a liberdade de se antecipar antes da competição e demitir seu técnico – que já está pressionado. Como foi o caso de Jair Ventura, embora tenha um contexto importante por trás, já nesse início de temporada. Mas, por exemplo, com a diretoria do clube não tendo uma boa projeção com o treinador (em baixa) num futuro próximo, certamente vai optar por se adiantar antes do início do Campeonato Brasileiro para, caso for preciso, durante a competição não ter que assegurar um técnico que não está convencendo por conta da nova regra.
Não que seja necessariamente o caso do Sport, que foi a favor do limite de trocas de técnicos, mas que pode servir para outros clubes, caso passe pela mesma dificuldade do time pernambucano em dois meses de temporada. Mas o próprio clube da Ilha do Retiro tem nos últimos anos, em média, dois técnicos por temporada.
Portanto, os técnicos que antes já eram pressionados por resultados de todos os lados (diretoria, torcida, mídia), agora passam a ficar alertas com a novidade no Campeonato Brasileiro que, de forma indireta, pode causar demissões ainda mais cedo do que o comum no futebol nacional.