Palmeiras e Santos se enfrentam em quarta final na história; Verdão tem vantagem no retrospecto

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Foto: Divulgação/Conmebol

Há muitas superstições pelo mundo e no futebol não poderia ser diferente. O técnico Cuca chamou a atenção no Palmeiras em 2016 com sua calça vinho em dias de jogos do Verdão, na campanha do Enea. Até mesmo quando o ônibus, que levava a delegação alviverde ao estádio Independência, teve que dar ré para estacionar o veículo ele então pediu para todos descerem antes, para não atrair o “azar”.

Coincidentemente, o treinador será um dos protagonistas da grande final da Libertadores no próximo sábado, agora pelo Santos, contra o seu ex-clube, o Palmeiras. Após o duelo contra o Atlético-Mineiro, no Mineirão, nesta última terça-feira, o treinador foi flagrado orando na beira do gramado onde conquistou a América pelo Galo em 2013, já iniciando suas superstições para a final da Libertadores.

Essa semana já está sendo bem agitada para os santistas e palmeirenses, que esperam ansiosos às 17 horas do próximo sábado. E quando isso acontece, os números e retrospectos, tanto histórico quanto recente, são debatidos e determinantes em diversos aspectos, como apostas, promessas, juntamente com suas superstições pessoais.

Renato e Gabriel Jesus participaram da final da Copa do Brasil de 2015 — Foto: Cesar Greco / Ag Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

A rivalidade entre Santos e Palmeiras cresceu e muito nos últimos anos, principalmente com as duas finais de 2015, onde o Peixe ficou com o Paulistão e, no fim daquele ano, o Verdão conquistou a Copa do Brasil. Personagens como Ricardo Oliveira, Fernando Prass, Dudu, Gabigol e até mesmo Lucas Lima elevaram os clássicos desde então.

Ao todo, Santos e Palmeiras disputaram três títulos: o Campeonato Paulista de 1959 e 2015, além da Copa do Brasil do mesmo ano. Com isso, o Verdão leva vantagem com duas conquistas, onde a mais marcante, certamente, foi a competição nacional. Na ocasião, as equipes estavam em momentos distintos, em questão de base estrutural, elenco, entrosamento, entre outras coisas.

O Peixe, principalmente depois da vitória no jogo de ida por 1 a 0 na Vila Belmiro, era tido como favorito. Mas o pênalti desperdiçado por Gabigol e o gol não feito pelo atacante Nilson fizeram falta. Por outro lado, os pés de Dudu e Prass, autor do gol do título, fizeram a diferença na noite do dia 2 de dezembro de 2015 e puderam usar as máscaras com o rosto de Ricardo Oliveira, carrasco do Verdão naquele ano.

Foto: Reprodução

Em contrapartida, o Santos é quem tem vantagem no histórico de confrontos eliminatórios, por 8 a 6 desde o primeiro duelo (nesse formato) em 1927. Foram sete eliminações sobre o Verdão entre semi e quartas de finais em Campeonato Paulista, Taça Brasil (que mais tarde se tornaria Campeonato Brasileiro) e Copa Rio-São Paulo. Essa final, sem dúvida, será ainda mais expressiva do que a Copa do Brasil de 2015, embora não tenha toda a rivalidade e expectativa gerada após o período de um jogo para o outro, uma vez que é final única.

Santos e Palmeiras se enfrentam em três oportunidades já nessa temporada: foram dois empates, um em 0 a 0 e o último terminou 2 a 2, além de uma vitória do Verdão, por 2 a 1, no Morumbi, em agosto de 2020, válido pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em toda a história, são 295 jogos oficiais registrados até aqui, desta vez, com ampla vantagem do Palmeiras sobre o Santos, com 125 vitórias (42%) contra 93 do time da Vila, além de 77 empates.

Foto: Divulgação/Conmebol


Desde a final emblemática da Copa do Brasil foram 18 encontros. E o que marca o clássico é o equilíbrio. O time da capital paulista venceu seis vezes, enquanto o Peixe triunfou em cinco oportunidades, ou seja, foram sete empates.

Levando em conta o alto número de empates, além das quatro disputas de pênaltis entre as equipes desde 2015 (final do Paulistão e Copa do Brasil e as semifinais do Paulistão de 2016 e 2018) seria um sinal de que a grande final será decidida nos pênaltis? Caso isso aconteça, não será nenhuma novidade para o goleiro Weverton, que assegurou a medalha inédita da seleção brasileira no palco do Maracanã em 2016.

Hoje os papéis se inverteram, em comparação com 2015. O Palmeiras, até mesmo pelos investimentos nos últimos anos, elenco e a campanha até chegar a final, é favorito. O Santos, por outro lado, foi surpreendendo, com um bom futebol e muita raça, sendo liderado por Cuca e Marinho, sem contar a tradição do clube na competição, afinal, é tri da América, chegou, e com seus “4%” de chance de título, está há 90 minutos de conquistar o tetra.

Imagem

Foto: Divulgação/Conmebol

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