(Foto: Divulgação / Santos)
Nesta terça-feira (16), ocorrerá a reunião virtual do Conselho Deliberativo do Santos, às 19 horas, para julgar se o presidente José Carlos Peres cometeu atos de irresponsabilidade administrativa, podendo gerar uma abertura de processo de impeachment, sendo o dia que decidirá o futuro da presidência do Peixe.
Esse processo foi elaborado pela Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), que recomenda a saída de Peres e dois outros membros do Comitê de Gestão. O processo surgiu como consequência do déficit das contas do clube em 2018, mais de R$77 milhões de prejuízo no período.
A atual diretoria se defende com o argumento de que o déficit é pelo fato do valor da venda de Rodrygo, ao Real Madrid, ter sido contabilizado no ano seguinte, em 2019, quando o Santos fechou com superávit de R$23,5 milhões. Porém, o Conselho Deliberativo ainda reprova as contas.
(Foto: Divulgação / Santos)
Em entrevista ao podcast GE Santos, o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Teixeira, explicou sobre o processo de impeachment de Peres e comentou alguns detalhes da reunião que ocorrerá nesta terça-feira.
“– Esse não é um processo de encaminhamento para uma possível assembleia do quadro a associativo. É apenas a abertura de um possível processo para o impedimento. Você tem esse tipo de procedimento para que os envolvidos sejam ouvidos e possam apresentar suas provas e documentos e obviamente serem submetidos de novo à CIS para um parecer final.” Disse Teixeira.
“– Neste processo, ainda a maioria simples dos votos (aprova ou reprova a abertura do processo de impeachment). Se ocorrer da continuidade do processo e voltar ao Conselho com um parecer definitivo, haverá a exigência de dois terços do plenário. Estatutariamente, o Conselho pode ter o seu veredito e o parecer é submetido à assembleia dos sócios. Quem decide é o quadro associativo.” Completou.
A Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos montou um relatório de 21 páginas pedindo o afastamento de Peres e punições para outros membros do Comitê de Gestão. Confira abaixo algumas das irregularidades que serão discutidas na reunião.
– Não seguiu o orçamento em vigor e aprovado pelo Conselho Deliberativo;
– Não solicitou remanejamento de verbas nem complementação orçamentária;
– Não recolheu R$ 4 milhões em impostos retidos e devidos, que ferem as leis federais e o PROFUT;
– Déficit de R$ 77 milhões, acima de 20% da receita orçada do exercício anterior em desacordo ao PROFUT.