Após ser eliminado na Copa Sul-Americana e Copa do Brasil, o Atlético-MG anunciou a contratação de um grande técnico: Jorge Sampaoli. E oque podemos esperar do treinador e do Atlético-MG em 2020?
Como já sabemos desde a época do Santos, o técnico é bastante agitado e tem seu jeito louco na beira do campo. Além disso, em termos táticos, ele também gosta de fazer algumas mudanças que para nós podem ser consideradas ”loucuras”.
As formações de Jorge Sampaoli:
Vale destacar que Sampaoli é um amante do 3-4-3 e do 4-3-3, e quando usa a primeira opção ele opta geralmente por colocar um lateral no trio defensivo. O argentino não é um treinador que se apega numa equipe ideal que será utilizada ao longo de todas as rodadas. Da mesma forma que não existe um esquema tático que possa chamar de seu. Em todo seu período como treinador, já foi possível acompanhar o 4-3-3, 3-5-2, 3-4-3, 5-3-2 e outras variáveis. Cada jogo é um jogo.
Saída de bola:
Além disso, ninguém esquece da polêmica decisão do argentino ao pedir a contratação de Everson para revezar com Vanderlei por ter um jogo mais qualificado com os pés. No início, divisão na titularidade, após a metade da temporada, Everson assumiu a função. As equipes de Sampaoli necessitam de um goleiro que saiba utilizar os pés. Não é uma questão de fetiche, mas necessidade para ampliar os leques na saída de bola.
A partir do primeiro passe do goleiro, os zagueiros também tem uma função construtora: seja carregando a bola ou buscando passes que quebrem a primeira linha adversária e assim acelerando a equipe. No caso da utilização dos três defensores, há uma pequena brecha para um deles ser o jogador da sobra, quebrar mais a bola e ter ações mais defensivas.
No primeiro jogo de Sampaoli comandando o Atlético-MG diante do Villa Nova foi possível ver essa saída de bola com o goleiro Rafael, recém contratado. Contudo, o treinador afirmou que o time ainda precisará de tempo para ter mais qualidade nesta saída.
Abrir o campo com laterais ou extremos:
Agora, vamos voltar ao estilo de jogo de Sampaoli: O treinador é um adepto do Jogo de posição. Cada jogador tem uma posição bem definida em cada momento do jogo e em todas as sua equipes ele sempre gostou de abrir o campo. O que isso significa? Ter jogadores colados na linha lateral para assim criar espaço para passes por dentro e que estes atletas esperem o momento certo de receber a bola em vantagem contra o defensor.
No Santos, Soteldo e Marinho eram os encarregados de esperar nestas posições para receberem sempre no confronto de 1 x 1 e, na maioria das vezes, se saiam melhor pela capacidade de drible.
Pegando o elenco do Atlético-MG da para ver que existe alguns atletas com potencial para assumirem as devidas posições: Jair/Allan e Hyoran/Otero e até mesmo Savarino.
Sem centroavante?
Com exceção da Seleção do Chile, por falta de peças, foram poucas as vezes que Sampaoli jogou sem um centroavante. Não precisa ser daqueles homens apenas definidores ou pivô, mas sim alguém que tenha a capacidade para fazer desmarques curtos atrás da defesa e possa dar continuidade a jogadas. Vale lembrar que o treinador chegou a pedir a contratação de Ricardo Oliveira quando estava no Santos, será que ele utilizará o Pastor durante a temporada?
Além de Ricardo Oliveira, o Galo conta com jogadores como o argentino Franco Di Santo, um centroavante que busca fazer mais o pivô e até mesmo Diego Tardelli caso ele não queira utilizar um centroavante um pouco mais físico.
Pressão:
E não podemos esquecer da pressão, uma das palavras preferidas de Jorge Sampaoli. Em todas as equipes que passou essa é a palavra de ordem visando sufocar os adversários e logo em seguida roubar a bola o mais próximo do gol adversário.
Por enquanto, é isso. Mesmo sabendo que futebol não é uma ciência exata, podemos dizer que Sampaoli já mostrou diversas vezes ser um treinador diferente e que poderá surpreender positivamente enquanto dirige o Atlético-MG. E vocês, como imaginam a equipe do Atlético-MG de Sampaoli? Deixe seu comentário!